O povo de Deus é como
a águia. É um povo forte. É um povo guerreiro. É um povo que triunfa sobre as
tempestades. É um povo vencedor. É um povo que não retrocede diante das
procelas da vida, não teme o perigo, nem se intimida com as ameaças do
adversário. É um povo que marcha altamente, segundo as leis do céu, rompendo
barreiras, vencendo grilhões, conquistado as alturas, refugiando-se no regaço
do Deus Todo-poderoso.
É preocupante, entretanto, perceber que
existem, hoje, muitos cristãos vivendo um projeto diferente de vida. Ao
contrário da águia, são tímidos, fracos, impotentes, dominados pelo o medo.
Longe de triunfar nas crises, soçobram vencidos e caminham pela vida
cabisbaixos, derrotados e tristes.
É lamentável constatar como tantos cristãos
vivem dominados pelo complexo de inferioridade, esmagados pela prejudicada
auto-estima, com auto-imagem achatada. São pessoas que vivem amargando e
curtindo um profundo sentimento de auto-repúdio e desvalor. Estes olham para
dentro de si mesmos e enxergam-se com lentes embaçadas e olhos míopes, tendo de
si mesmos os conceitos mais distorcidos e descalibrados.
Há pessoas que são como os dez espias de Israel. Eles
eram príncipes, nobres, homens de valor. Foram escolhidos criteriosamente por
seres homens fortes, inteligentes, líderes, representantes ilustres de suas
tribos. Moisés os enviou para conhecerem a terra prometida e depois, com
relatos vivos, incentivarem o povo a lutar com galhardia na sua conquista. Eles
foram. Passaram lá quarenta dias.
Ficaram deslumbrados com a exuberância da terra. Era uma terra fértil, boa, que
manava leite e mel. Era tudo quanto Deus já havia falado. Voltaram da jornada
com os frutos excelentes da terra. Todavia, na hora de dar o relatório, disseram
a Moisés e ao povo que a terra era boa, mas devorava os seus habitantes; a terra manava leite e mel, mas eles
não conseguiriam entrar lá; pelo o contrário, morreriam no deserto, comendo pó,
pois lá havia gigantes ameaçadores e imbatíveis, e aos olhos deles, eles eram
como gafanhotos. Eram príncipes, mas
sentiram-se diminuídos diante dos gigantes; eram nobres, mas sentiram-se
desprezíveis; eram valorosos, mas sentiram-se como insetos; foram tomados por
um sentimento doentio da própria desvalorização e, conseqüentemente, de
impotência.
Nenhum comentário:
Postar um comentário